sábado, 19 de fevereiro de 2011

Entre mortos e feridos...

Na época, muitos condenaram a pobreza técnica do grid dos 500 Km de Interlagos de 1961. O que de certa forma ficou comprovado nos números finais da prova: de 32 inscritos, apenas 28 participaram. Destes, apenas 10 cruzaram a linha de chegada, sendo que a metade era formada por figurantes. Diante daquele cenário, com 2/3 de prova o público debandou.



Realizada em boa parte do tempo com piso molhado, a prova contou com a participação de pilotos amadores e mal equipados. Muitos apenas passearam pelo traçado, sem condições de brigarem por resultados. Um deles, Jaime Guerra, atrapalhou Ciro Caires, que vinha pendurado na Curva 3 em busca de uma prova de recuperação.

Os dois acabaram se chocando e Guerra foi parar no meio dos eucaliptos. Caires, por sua vez, continuou na prova, mas sem equipamento para completar o restante do percurso. Procurando ganhar tempo para se acalmar, Guerra entrou nos boxes e acabou atropelando José Gimenez Lopes e Salvador Losacco. Este último acabou não resistindo e faleceu, aos 47 anos.



No começo, o público chegou a vibrar com a disputa de Celso Barberis, Camilo Christófaro e Ciro Caires. Isso, no entanto, logo acabou e no final já não se notava maior interesse dos espectadores, mesmo com os carros #27 (Peruzzo / Barberis / Zambello), #28 (Peruzzo / Barberis / Zambello) e #81 (Aguinaldo de Góis Filho) tentando impressionar.

No final, destaque para o desempenho de três Fórmulas: o #49-A, de Rizzieri D’Angeli, que terminou em 9° no geral e em 3º em sua categoria; o Porschinho #8-A pilotado por Paulinho Amaral e que terminou em 7° no geral e 2° em sua categoria; e o Mecânica Nacional #45-A de Alcindo Ribeiro, que venceu na categoria fórmula” e terminou em 6° no geral.

5 comentários:

  1. Então faz tempo que a prova é deficitária? Pelo visto sim.

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  2. Desculpe ter colocado moderação no blog, mas a situação tava meio chata. Seus comentários vão ser sempre liberados. Desculpe.

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  3. Felipão,

    Organização era uma palavra proibida naquela época, e o pior que muitas categorias no Brasil ainda sofrem com a falta dela.

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  4. Felipão, achei por acaso seu blog,meu irmão Paulo Amaral correu em dupla com Luciano Mioso. Com o Porsche 550 Spyder chegaram em sexto lugar na geral e primeiro na categoria.
    A história de parte dessa corrida pode ser lida no blog do Carlos de Paula ou no meu.

    Abs

    Rui Amaral Jr

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  5. Quem reclamou daquele grid ainda não tinha visto a MotoGP.

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