Nada de macacão anti-chamas, ceroula de amianto ou capacete à prova de bala.
Para Christian Heins, a vestimenta se resumia a uma velha camisa vermelha, que utilizava desde o início de carreira, e um velho capacete amarelo, desgastado e arranhado nas pistas. Sabia, inclusive, que a tarefa seria árdua, já que seu parceiro, Chico Landi, sentia dores nas pernas e, por isso, se limitaria a comandar as coisas nos boxes.
Para as Mil Milhas de 1960 (post anterior), a FNM resolveu equipar o modelo JK com mais um carburador duplo, aumentando assim a taxa de compressão e a potência do motor para 150 HP. No mais, retiraram tudo o que era supérfluo para uma prova de competição: - os bancos, para-choques e forros. No mais, Heins contaria com a excelente regularidade mecânica do carro, que parou durante a prova apenas para troca de pneus e reabastecimento.
"Um ótimo carro. Mas não serve só para correr. Titio tem um e usa para passear. Mas é preciso ser muito bom carro para aguentar a Mil Milhas. Tínhamos mais em vista chegar e pretendíamos manter um 'train' de corrida que não forçasse o carro ao máximo. Mas, segredos, não houve: sabíamos que não podíamos lutar de igual para igual com Andreata e Camilo, cujos carros tinham quase o dobro de potência do nosso".
No momento de cruzar a linha de chegada, Landi, sem vaidade, gentilmente recusou a posição no FNM. Afinal, Heins havia pilotado cerca de 3/4 da prova e merecia vivenciar o momento mais espetacular da corrida.
No detalhe da foto, o belíssimo troféu da competição, com a inscrição da "Bardhal", principal patrocinador do evento. Pouco atrás de Landi e Heins, o microfone da Jovem Pan, tradicionalíssma na cobertura de eventos automobilisticos.
Felipão,
ResponderExcluirEssa é a verdadeira essencia do automobilismo, pessoas compromissadas com o esporte e nada mais.
abs